9 tipos de terapias psicológicas alternativas para incluir na sua rotina
As terapias psicológicas alternativas são ferramentas complementares ao tratamento profissional e estão ganhando cada vez mais popularidade. Graças ao fato de ser possível incluí-las no dia a dia com relativa facilidade, muitas pessoas as utilizam para melhorar os resultados de seus tratamentos.
Neste artigo, você encontrará as mais conhecidas, bem como recomendações para aplicá-las. Não perca nada! Neste mundo onde o desconforto psicológico é uma epidemia, nunca é demais aprender algumas técnicas para se sentir melhor.
O que são terapias psicológicas alternativas?
Falamos de terapias alternativas para nos referirmos àquelas que complementam as principais terapias psicológicas. Caracterizam-se pela sua contribuição para a melhoria dos resultados e pelo baixo risco na sua aplicação. Ou seja, estão sempre associadas a uma abordagem de primeira ordem e seu uso nunca piora o paciente.
Essas práticas vêm sendo desenvolvidas há anos, visando o relaxamento que o corpo e a mente necessitam durante o atendimento de pacientes em processo de saúde mental.
Através de terapias complementares, melhora-se o aprendizado de novos hábitos e reforçam-se os benefícios das técnicas primárias. [/atômico-no-texto]
Tipos de terapias psicológicas alternativas
Geralmente, o efeito de cada método alternativo depende dos objetivos do tratamento e do contexto terapêutico. Abaixo, você encontrará alguns dos mais utilizados e sua utilidade para o paciente.
1. Musicoterapia
O uso da musicoterapia para influenciar o humor é comum. Desde tocar instrumentos até apenas ouvi-la, a música traz benefícios importantes para a saúde mental: gera bem-estar, estimula a memória, ajuda a desenvolver habilidades sociais, promove felicidade e muito mais.
É frequentemente usada em pessoas com neurodivergência, como TEA, demência ou pacientes com disfunções motoras e de fala.
2. Florais de Bach
Esse tipo de aromataerapia baseia-se na aplicação sublingual de gotas de óleos essenciais florais. Há uma lista deles com seus correspondentes efeitos no humor: reduzir da ansiedade, acabar com o sentimento de solidão e assim por diante até os 38 florais de Bach.
Embora seja uma das terapias alternativas mais modernas da atualidade, você deve saber que sua eficácia não foi comprovada cientificamente. Sugere-se que os resultados positivos sejam devidos ao efeito placebo e que muitos estudos sobre essas plantas sejam tendenciosos. Contudo, costumam ser utilizados devido à sua composição 100% natural e aos efeitos colaterais imperceptíveis.
3. Terapia do riso
Através desse tipo de terapia complementar procuramos obter os benefícios do riso sincero e visceral através de diversos exercícios. Por ser um processo que se opõe ao estresse e à tensão, com a sua aplicação é possível relaxar os músculos, aliviar sensações desagradáveis ou melhorar a circulação.
É uma terapia frequentemente utilizada em pacientes com doenças graves ou com dores físicas, como o câncer.
Com ele, é possível melhorar a resposta imunológica, reduzir o esetresse, melhorar o humor, aumentar a autoestima e melhorar a tolerância à dor e ao cansaço.
4. Terapia animal
O contato com animais amigáveis e sociáveis traz uma série de vantagens para a saúde mental das pessoas. Dessa forma, a terapia com animais de estimação não só melhora o humor, mas também intervém no desenvolvimento da empatia e de outras habilidades, como habilidades sociais ou de comunicação.
A esse respeito, uma publicação no International Journal of Care Sciences destaca que a presença de animais alivia, relaxa e descarrega tensões. Porém, é importante levar em consideração a formação moral do paciente, pois muitas pessoas se recusam a utilizá-los quando existem outras opções. Da mesma forma, é fundamental escolher centros e profissionais que garantam o bem-estar animal.
5. Biofeedback
Essa curiosa técnica, um pouco confundida com o neurofeedback e não tão conhecida como as demais citadas, ajuda as pessoas a terem controle sobre seus processos físicos e fisiológicos. Consiste na colocação de instrumentos de medição (EEG, ECG, etc.) para analisar determinadas constantes do paciente, como ondas cerebrais ou ritmo cardíaco e respiratório.
Dessa forma, você obtém feedback direto de suas funções e ritmos e pode vê-los mudar quando faz, por exemplo, exercícios de relaxamento. O biofeedback aplica-se a dores de cabeça tensionais, hiperatividade nervosa, ansiedade ou dores crônicas, entre outras áreas.
6. Acupuntura
Essa técnica, modernizada a partir da medicina tradicional oriental, demonstra a sua eficácia em diferentes abordagens psicológicas, como no tratamento da depressão.
Porém, há um debate sobre a eficácia da acupauntura como método adjuvante ou principal, uma vez que os estudos nesse sentido costumam ter poucos assuntos, não sendo possível generalizar.
7. Arteterapia
A arteterapia é uma das escolhas mais comuns para quem é sensível e criativo. Ajuda, sobretudo, a melhorar a expressão emocional, a comunicação, a socialização e o autoconhecimento. Mas a sua eficácia continua por demonstrar, uma vez que os seus efeitos são difíceis de generalizar devido às diferenças interpessoais e à fiabilidade dos estudos.
O meio de escolha para as atividades artísticas nesse caso é o visual ou audiovisual: pintura, escultura, edição de vídeo, etc.
8. Terapia de dança
Acrescentamos o poder da dança às terapias psicológicas alternativas. O movimento corporal permite expressar o que as palavras não conseguem, com uma série de contribuições que aumentam a atividade física, o autoconhecimento e o uso de habilidades que melhoram a autoestima.
9. Meditação
Diferentes técnicas de meditação, desde ioga até mindfulness, têm se mostrado uma ferramenta fantástica para relaxar, focar a atenção, regular as emoções e reduzir a ansiedade, entre outros benefícios. O ideal é contar com o auxílio de um profissional que o ajude a encontrar a modalidade que melhor funciona para você, fornecendo orientações durante o processo de aprendizagem.
Uma forma que aprimora o tratamento em primeira mão
Embora certas práticas que você leu aqui (dançar, ouvir música, meditar, etc.) tenham um impacto positivo na saúde das pessoas, elas não são consideradas substitutas da psicoterapia em si, e sim potencializadoras dos efeitos da psicoterapia.
Portanto, se você acredita que sua saúde mental está piorando, considere praticar essas opções, solicitando sempre a ajuda de um profissional.
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